Hoje vou obrigá-lo a um retrocesso algo doloroso… um retrocesso apenas virado para simples palavras.
Em toda a nossa vida já ouvimos coisas boas e outras menos boas. Das menos boas, há alguma que tenha insistido em pairar constantemente no seu pensamento? Alguma que, de alguma forma o tenha limitado?
Pois eu hoje lembrei-me de quatro simples palavras que juntas criaram uma frase suficientemente poderosa para me impedirem de levantar durante anos, que me fizeram querer acabar com tudo… e em segundos conseguiram derrubar-me novamente, a uma velocidade estonteante que me fez chorar até perder o fôlego, que me fez chorar como se tivessem sido ditas agora… e com estas palavras surgem muitas outras que fui ouvindo ao longo da minha existência, como se tivesse a desenrolar um novelo sem fim… devo ter fechado mal o baú das recordações ou então ele atingiu o seu limite e decidiu abrir-se sozinho.
É nestas alturas em que pensamos que o nosso cérebro deveria ter algures uma opção qualquer como um computador que pudéssemos formatar. Mas o cérebro é o sistema mais avançado do Universo e o Homem jamais conseguirá fazer algo semelhante.
Como podem simples palavras ter a capacidade de nos bloquear? De alterar todo o nosso sistema electro-químico ao ponto de nos levar à depressão? Não nos injectaram nenhuma substância química, não nos deram nenhuma maçã envenenada… deram-nos apenas palavras… palavras que não queríamos ouvir, palavras que não estávamos preparados para ouvir.
É por isso que temos de retroceder para poder esvaziar o baú (e não digo fechar de novo porque mais tarde ou mais cedo abrir-se ia de novo)… é necessário recuar para perdoar. Perdoar a quem nos ofereceu “gentilmente” tais palavras monstruosas e perdoar-nos a nós por as termos aceite e guardado no baú. Somos livres de aceitar ou não o que os outros nos dizem e não temos de nos identificar com isso ao ponto de irmos guardando tudo e ir usando para alimentar a nossa tristeza.
Depois de um abalo estonteante provocado por uma frase que me foi dita há anos e depois das lágrimas terem secado… percebi que ainda não tinha perdoado e que o melhor seria fazê-lo o quanto antes ou o meu corpo iria detestar gastar água em lágrimas desnecessariamente.
De súbito uma dúvida assolou-me… será que vou conseguir perdoar sempre? Será que o perdão tem limites? Novamente me acalmei, pois o perdão só pode ser infinito, se não andaríamos todos com um baú carregadíssimo às costas… e as conversas seriam sempre à volta do mesmo:
- Então quanto pesa hoje o teu baú? Conseguiste livrar-te de alguma coisa?
- Não amigo, apenas consegui juntar mais entulho desde ontem.
Por isso perdoe. Perdoar é libertar-se. E quanto mais se libertar mais leve se sentirá… e caso lhe seja um pouco difícil, deixo-lhe aqui as dicas do método de sedona:
(pense em algo que o enerve, que o chateie... enfim em algo que lhe desalinhe os chacras!)
Quando se estiver a sentir possuído por isso, faça 3 perguntinhas simples…
1 - Poderia eu não me chatear com isto?
2 - Fá-lo-ia?
3 - Quando?
Eis as respostas aceitáveis…
1 - Claro que sim!
2- Claro que sim!
3- AGORA
Vou colocar o teu blog como link no meu. =) Boas dicas. ^^
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