quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Caminhos

À beira do precipício… só nos resta dar um passo atrás para retomarmos o nosso caminho.
No fundo do poço… só nos resta subir os degraus da existência para voltamos ao nosso caminho.
No fim da linha… o comboio inverte o sentido e retoma o seu caminho.
No fundo do túnel…. há sempre uma luz desde que não estejamos cegos para ela.
  
Na vida… há sempre vida à espera de ser vivida. Por mais encurralados que nos sintamos, há sempre uma saída de emergência que nos levará de novo ao nosso caminho. Todos os trilhos, todos os atalhos fazem parte do grande caminho da vida. Todas as quedas, todos os tropeções, todas as pedras são simplesmente aquilo que nos faz crescer enquanto seres humanos e nos faz subir a um nível superior de consciência. Mesmo sem saída, há sempre uma saída. Numa estrada inacabada, há sempre mais caminho para construir.

Bons caminhos para 2011!

sábado, 20 de novembro de 2010

Eu escolho ao que me entrego

É bem mais fácil desistir que lutar...

Eu poderia entregar-me ao sofrimento,
Eu poderia entregar-me ao medo
Eu poderia entregar-me à descrença,
Eu poderia entregar-me ao desalento,
Eu poderia entregar-me à indiferença,
Eu poderia entregar-me à insignificância,
Eu poderia entregar-me à tristeza,
Eu poderia entregar-me à solidão,
Eu poderia entregar-me ao egoísmo
Eu poderia entregar-me ao ciúme,
Eu poderia entregar-me à desconfiança,
Eu poderia entregar-me à falsidade,
Eu poderia entregar-me à guerra,
Eu poderia entregar-me à raiva,
Eu poderia entregar-me à escuridão,

Eu poderia entregar-me a um coma profundo.
Eu poderia ser refém de todas as minhas fraquezas.

Mas eu ESCOLHO

Entregar-me à magia do amor
Entregar-me à esperança,
Entregar-me ao amor próprio,
Entregar-me aos sonhos,
Entregar-me à alegria de viver,
Entregar-me à energia posiitiva,
Entregar-me à coragem,
Entregar-me ao perdão,
Entregar-me à confiança,
Entregar-me à compreensão,
Entregar-me à verdade,
Entregar-me à partilha,
Entregar-me à paz,
Entregar-me à luz da vida.



Eu escolho ser refém de todo o meu maravilhoso poder interior.


sábado, 9 de outubro de 2010

O céu em nós

Hoje o meu céu esteve muito carregado. Choveram tempestades, dispararam-se relâmpagos, soaram trovões. No entanto, não corria um único fio de vento capaz de levar para longe essas nuvens negras do meu céu. Um céu ansioso por ser inundado de raios de luz. Nuvens negras que teimavam em pairar sobre mim, nuvens de insegurança, nuvens de desesperança, nuvens de medo... nuvens, nuvens e mais nuvens! Como fazê-las ir embora? Talvez mandá-las embora não resulte pois mais tarde outros ventos poderão trazê-las de novo... Talvez dissipá-las seja a melhor solução. Como fazer isso, se elas parece que estão coladas ao céu e se adensam cada vez mais? Quanto mais tento ver através delas mais escuro fica... tento encontrar uma mão que as trespasse e me puxe de novo para a luz do sol. Espero e desespero... não posso esperar mais! Luto contra elas até que... por entre elas surge uma mão que agarra a minha... mas... esta mão é-me familiar... é minha! A minha mão agarra a minha e ergue-me acima de todos as nuvens, rumo a um universo esplendoroso de oportunidades e possbilidades. O sol brilha e eu brilho através dele.As nuvens ficaram para trás... não as mandei embora, simplesmente dissiparam-se porque não lhes dei mais atenção. 

Quando esperamos que alguém limpe o nosso céu de nuvens tempestuosas... esperamos em vão. O alguém que nos vai erguer de novo somos nós. Não somos dependentes dos outros, somos auto-suficientes. Basta apenas acreditarmos em nós. 
 

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Humildade precisa-se!

Poderia bem ser um anúncio de jornal... quantos responderiam? Acredite que muitos, pois a humildade é uma virtude que só fica bem e todos querem mostrar que a têm. É como quando alguém compra uns ténis da nike na feira para mostrar as posses que na verdade não tem. O que interessa é a imagem que se passa ao mundo e não o que realmente se é. A verdadeira humildade é fácil de identificar e a falsa humildade é fácil de desmascarar. Ninguém consegue fingir por muito tempo... a máscara da humildade acabará por cair mais cedo ou mais tarde. E os menos humildes são aqueles que apregoam a sua "humildade". O verdadeiro humilde nada apregoa. Mas o que é a humildade afinal? Não é de certo algo que se compre no supermercado ou na farmácia... não é a virtude dos fracos, não é de modo algum a qualidade dos orgulhosos. A humildade é simplesmente o reconhecimento da verdade pura da nossa condição humana, que projecta uma realidade de seres únicos isentos de qualquer categorização de seres superiores ou inferiores. Seres capazes de reconhecer erros, de admitir fraquezas, sem medo de qualquer fantasma de humilhação. Seres que nem sequer percebem o porquê de vangloriar qualidades, porque para eles basta serem para mostrar quem são.

Muitos são aqueles que o mundo vangloria como se fossem deuses... donos de empresas, "estrelas" de cinema e de futebol.... um mundo que os faz sentir mais do que aquilo que pensam que são. Posições que dão um falso poder sobre quem são enquanto seres humanos. Posições os que os fazem perder o respeito pelos outros. Posições que transbordam ganância, protagonismo, egoísmo, obsessão... mas... felizmente há raras excepções que, apesar de tudo, não se deixam corromper por esse pseudo-poder e nos podem mostrar o que é a humildade. É por essas excepções que escrevo, com uma esperança meia utópica de que num futuro a excepção se torne a regra.

A minha reflexão...

E lembrar que todo este tema surgiu por causa de uma professora da faculdade... já lá vão quase quatro anos que lá ando e nunca vi nenhum professor reconhecer e contar perante os alunos os seus fracassos e os seus erros enquanto profissional. Penso que isso dá-nos um grande contributo para o futuro e mostra ao mundo como é como pessoa. De facto fiquei feliz por existirem pessoas assim a ensinar-nos, pois até agora andava muito desiludida... parece que o conhecimento sobe à cabeça das pessoas tentando fazer com que que as outras sejam menos que elas... para essas pessoas aconselho-as a adoptar vivamente uma das frases mais humildes que conheço...

 "Só sei que nada sei." (Sócrates)

domingo, 26 de setembro de 2010

Só a escola da vida nos ensina

Ninguém nos ensinou a lidar com a rejeição, com o desprezo, com a traição, com a raiva, com a adversidade… ninguém nos ensinou a lidar com toda a panóplia de emoções que tentamos diariamente conjugar.

Quase duas décadas de escola e… nada de útil que nos possa ajudar no dia-a-dia,  algo que possamos aplicar e ver resultados, algo que possamos dizer que tenha valido a pena aprender. Tanto conhecimento embutido em nós durante anos parece ter-se dissipado tão ou mais depressa do que como e quando foi adquirido…  e porque é que muito desse conhecimento se foi? Porque não lhe demos uma utilidade prática… na verdade  nem tinha nenhuma utilidade prática para nós. Tantas foram as feridas que tiveram de sarar sozinhas, tantas são as feridas que continuam abertas porque não sabemos como as sarar. De nada nos valeu o conhecimento adquirido na escola. Em nada encaixa na resolução das nossas emoções. Tivemos de aprender sozinhos, tivemos de aprender a todos o custo e… mesmo que não tenhamos aprendido, a vida encarregar-se-á de nos fazer passar pelas mesmas provações, concedendo-nos mais uma oportunidade de aprendizagem. Há aprendizagens que só se fazem por meio da experiência e é por isso que, para mim, a experiência é a grande mestre da vida. Acredito que todos os acontecimentos da vida trazem sempre um ensinamento, ensinamento esse que nem sempre é fácil de decifrar. E se na vida as situações se repetem, serão apenas uma forma de avaliação para vermos se aprendemos a lição.

Por tudo o que passámos até hoje, por tudo o que estamos a passar, por tudo o que iremos passar… nada mais são do que lições da escola da vida, cujo único e singelo fim é tornar-nos mais evoluídos enquanto seres humanos.




terça-feira, 14 de setembro de 2010

Verdadeiro ou falso?

“Os amigos são a família que podemos escolher”…  eu diria que é um cliché que nem sempre reflecte as melhores escolhas.

Tantas foram as vezes que confiámos naquela pessoa, alguém aparentemente leal, verdadeiro, quase perfeito… em suma, um amigo para a vida. No entanto, há aqueles sinais que insistimos em negar, em não querer ver, que aparecem constantemente para nos deixar com a pulga atrás da orelha. Uma mentira aqui, uma mentira ali, um sorriso que parece forçado… até que um dia, o castelo que alberga essa amizade se desmorona. Era apenas um castelo de areia que se desfez num rol de mentiras, falsidades e inveja.

Da teoria à prática… quantas vezes não nos sentimos com vontade de partilhar a nossa felicidade em determinado momento? Não com o intuito de provocar inveja… queremos pura e simplesmente partilhá-la com quem julgamos que também ficará feliz por isso. É muitas vezes nestas alturas que nos apercebemos (pelo nosso sexto sentido ou lá o que lhe queira chamar) que essa pessoa não gosta assim tanto de nós. Dos olhos saltam faíscas invisíveis de… nem sei o que lhe chame, se ódio ou inveja…  um olhar que contradiz com um sorriso falseado. Parece que, no fundo, não nos deseja que aconteça algo que nos deixe nas nuvens. Para além desta máscara mal disfarçada, essa pessoa ainda é capaz de lançar algumas palavras subtilmente belas, mas com um toque final de maldade numa tentativa de aniquilar o motivo da nossa felicidade. É no fundo, uma tentativa de diminuir a importância da nossa felicidade e também uma tentativa camuflada de a diminuir. Aqui começam a cair os primeiros grãos de areia do castelo.

Acontece também muitas vezes que, certa a pessoa a quem chamamos amiga, tenta  destruir-nos  num “bota abaixo” mais ou menos frequente, ou passa o tempo todo a exibir-se,  reflectindo não mais do que uma necessidade constante de se mostrar e sentir superior.

Enfim… são inúmeras as situações que nos fazem desconfiar da verdade e da sinceridade de uma amizade. Não temos de nos fazer de cegos por receio da solidão. A solidão é a oportunidade que nos foi concedida para nos conhecer-mos. Não temos  de estar preenchidos por fora, porque isso não nos preencherá por dentro.

E desengane-se aquele que pensa que amizade é sinónimo de estar sempre junto. Não é. Nem sempre os que estão sempre connosco serão os verdadeiros. O sentimento puro da amizade é algo que transcende o que é visível, é simplesmente um sentimento que é livre de cobranças e mendicidades.

Chegou a hora de distinguir o verdadeiro do falso, de abrir os olhos para a realidade. Esqueça a amizade que lhe traz sofrimento e não a mantenha apenas porque é uma amizade de infância. Isso é apenas comodidade e fachada. Destrua essa fachada, liberte-se  das amarras dessa amizade… não a mantenha apenas por temor à solidão. Há milhões e milhões de pessoas no mundo para serem conhecidas… e ninguém impôs um número máximo de castelos para construir. Mas lembre-se: mais vale poucos e sólidos, do que muitos, capazes de se desmoronar com o primeiro sopro de vento.

A verdade da amizade transcende qualquer barreira imposta pela inveja da felicidade alheia. Na verdadeira amizade não existem verdades dolorosas capazes de fazer qualquer grão de areia abandonar o castelo. É areia que se transforma em pedra. É pedra que se transforma em rocha. Jamais algum vento derrubará tão magnífica obra. A obra das relações humanas.



quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Será que o perdão tem limites?

Hoje vou obrigá-lo a um retrocesso algo doloroso… um retrocesso apenas virado para simples palavras.

Em toda a nossa vida já ouvimos coisas boas e outras menos boas. Das menos boas, há alguma que tenha insistido em pairar constantemente no seu pensamento? Alguma que, de alguma forma o tenha limitado?

Pois eu hoje lembrei-me de quatro simples palavras que juntas criaram uma frase suficientemente poderosa para me impedirem de levantar durante anos, que me fizeram querer acabar com tudo… e em segundos  conseguiram derrubar-me novamente, a uma velocidade estonteante  que me fez chorar até perder o fôlego, que me fez chorar como se tivessem sido ditas agora… e com estas palavras surgem muitas outras que fui ouvindo ao longo da minha existência, como se tivesse a desenrolar um novelo sem fim… devo ter fechado mal o baú das recordações ou então ele atingiu o seu limite e decidiu abrir-se sozinho.

É nestas alturas em que pensamos que o nosso cérebro deveria ter algures uma opção qualquer como um computador que pudéssemos formatar. Mas o cérebro é o sistema mais avançado do Universo e o Homem jamais conseguirá fazer algo semelhante.

Como podem simples palavras ter a capacidade de nos bloquear? De alterar todo o nosso sistema electro-químico ao ponto de nos levar à depressão? Não nos injectaram nenhuma substância química, não nos deram nenhuma maçã envenenada… deram-nos apenas palavras… palavras que não queríamos ouvir, palavras que não estávamos preparados para ouvir.

É por isso que temos de retroceder para poder esvaziar o baú (e não digo fechar de novo porque mais tarde ou mais cedo abrir-se ia de novo)… é necessário recuar para perdoar. Perdoar a quem nos ofereceu “gentilmente” tais palavras monstruosas e perdoar-nos a nós por as termos aceite e guardado no baú. Somos livres de aceitar ou não o que os outros nos dizem e não temos de nos identificar com isso ao ponto de irmos guardando tudo e ir usando para alimentar a nossa tristeza.

Depois de um abalo estonteante provocado por uma frase que me foi dita há anos e depois das lágrimas terem secado… percebi que ainda não tinha perdoado e que o melhor seria fazê-lo o quanto antes ou o meu corpo iria detestar gastar água em lágrimas desnecessariamente.

De súbito uma dúvida assolou-me… será que vou conseguir perdoar sempre? Será que o perdão tem limites? Novamente me acalmei, pois o perdão só pode ser infinito, se não andaríamos todos com um baú carregadíssimo às costas… e as conversas seriam sempre à volta do mesmo:

- Então quanto pesa hoje o teu baú? Conseguiste livrar-te de alguma coisa?

- Não amigo, apenas consegui juntar mais entulho desde ontem. 

Por isso perdoe. Perdoar é libertar-se. E quanto mais se libertar mais leve se sentirá… e caso lhe seja um pouco difícil, deixo-lhe aqui as dicas do método de sedona:

(pense em algo que o enerve, que o chateie... enfim em  algo que lhe desalinhe os chacras!)

Quando se estiver a sentir possuído por isso, faça 3 perguntinhas simples…

1 - Poderia eu não me chatear com isto?

2 - Fá-lo-ia?

3 - Quando?

Eis as respostas aceitáveis…

1 - Claro que sim!

2- Claro que sim!

3- AGORA

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Somos marionetas cujos fios estão nas mãos dos outros?


Inveja, ódio, raiva... sim, às vezes os outros são mesmo capazes de nos tirar do sério! 

Mas isso não será uma maneira subtil de nos manipular? Eles provocam e nós, como cãezinhos obedientes ao seu dono, reagimos exactamente como eles querem… e depois culpamo-los do turbilhão de sentimentos que vai cá dentro… os outros são sempre os culpados da nossa infelicidade.

Mas será que estamos a ver as coisas do ângulo certo? Na verdade a infelicidade que sentimos é criada por nós, porque damos importância ao que os outros dizem, porque nos deixamos manipular por simples palavras estúpidas. As palavras têm o poder que nós lhes decidirmos dar… e às vezes conseguimos fazer com que simples palavras tenham mais poder que a força física!

Por que não dar importância apenas às palavras que nos inspiram, que evocamos quando precisamos de força e animação? Não temos de aceitar o que os outros dizem, simplesmente podemos treinar a assertividade e responder subtilmente…

Está na hora de cortar os fios que os outros seguram…. Está na hora destas marionetas ganharem asas e voar!




terça-feira, 8 de junho de 2010

A cada seis segundos, uma criança morre de fome


Não me perguntem como fizeram as contas... e, embora eu seja um pouco céptica relativamente a estes cálculos, considero que não devem estar muito longe da realidade...

No passado dia 6 de Junho realizou-se a marcha anual contra afome, em 65 países em cerca de 200 cidades, com o objectivo de angariar fundos para o programa alimentar das Nações Unidas. Com apenas 5 euros (valor da inscrição), os participantes asseguraram 25 refeições a crianças dos países mais pobres do mundo.

Enquanto nós adormecemos preocupados com a unha que se partiu, com o que iremos vestir no dia seguinte (tendo um guarda-roupa atolado!) ou com a estúpida tristeza de não termos um telemóvel tão bom como o nosso amigo, todas as noites, um terço dos 850 milhões de habitantes do continente africano vai dormir com fome e a cada seis segundos morre uma criança de fome. São quase 300 milhões de bocas sem terem o que comer regularmente. E desse total, há 237 milhões com desnutrição. Só na áfrica do Sul, considerada a economia mais rica da região, metade dos 49 milhões de habitantes vive na linha da pobreza, segundo dados do Banco Mundial.

Não é pelo facto de deixarmos de estragar comida que se erradica afome, mas se começarmos a dar mais valor a estas "pequenas" coisas, bens essenciais que frequentemente menosprezamos, estaremos mais próximos do que é realmente importante para nós e mais conscientes do que será a sua falta.

É irónico que, em algumas sociedades, enquanto uns lutam diariamente para comer, outros lutam para não comer, em busca do domínio de um corpo perfeito. Como é possível sermos tão mesquinhos com problemas insignificantes e tão indiferentes a uma realidade que, embora não vejamos diariamente, sabemos que existe? Diria o povo que... "coração que não vê, coração que não sente", no entanto, esta é uma realidade que NÃO PODEMOS IGNORAR. E pergunta, o que poderemos fazer? Primeiro olhe para si e veja se dá a atenção a coisas REALMENTE importantes e depois, abrace iniciativas como esta ou se tiver 2 pães, dê um quem precisa.

E por que não foi ao acaso que referi a África do Sul... há alguém que me diga como é possível terem permitido a organização de um evento como o mundial de futebol, num país com tantos contrastes? Dinheiro que jorra no futebol e que tanta falta faz para alimentar milhões de pessoas! Tentam cegar-nos dizendo que poderá melhorar as condições de vida das pessoas mas... desculpem-me, pois não estoua conseguir visualizar como... Em termos turísticos até pode ser benéfico, mas o que restará depois do mundial?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Felicidade, onde andas??

"As metas na vida da maioria das pessoas são constituídas por coisas que elas acreditam que as «farão» felizes. Mas como me disse uma vez um dos meus parceiros de negócios, «se o resultado é tão importante, por que é que vem no fim?»
Por outras palavras, se o que realmente queremos é felicidade, por que é que não começamos por aí?
Tendo feito esta pergunta a milhares de pessoas, as respostas reduzem-se geralmente ao que eu considero ser o maior mito da civilização ocidental...

Serei feliz quando tiver o que quero.

Esta ideias acompanha-nos há milhares de anos e é endémica em toda a mitologia, antiga e moderna - a de que quando você combate um dragão e vence, fica com a princesa e vive feliz para sempre. Ou, se você for a princesa, só precisa de ter paciência suficiente porque um dia virá o seu príncipe e então viverá feliz para sempre.
De facto, muitas vezes as pessoas estão dispostas a passar por grandes dificuldades no caminho para o êxito, porque sabem que há um pote de ouro no fim do seu arco-íris - e planeiam usar esse pote de ouro para comprar as sensações de felicidade e satisfação que realmente querem.
Para ter uma ideia de como este mito pode estar activo na sua própria vida, pense em três ou quatro modos de terminar esta frase:

Serei feliz quando...

* Serei feliz quando tiver dinheiro suficiente (quanto é suficiente?)
* Serei feliz quando tiver uma relação amorosa.
* Serei feliz quando arranjar um emprego melhor.
(...)
Se está a fazer as coisas para ser feliz, está a fazê-las pela ordem errada!
Quando faz da felicidade a sua prioridade número um e se permite seguir a sua busca da felicidade, o êxito não é só mais provável, mas também muito mais divertido de atingir. Como disse Albert Shweitzer: «O êxito não é a chave da felicidade. A felicidade é a chave do êxito. Se gosta do que faz, terá êxito»".

Pergunto eu: Para quê fazer a nossa felicidade depender de alguma coisa? Por que não agarrá-la agora, mesmo debaixo de nosso nariz?

(in "Chega aonde quiseres" by Michael Neill)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A primeira mensagem

"... a minha abordagem destina-se àqueles que são verdadeiramente ousados, aos aventureiros que estão dispostos a mudar os padrões das suas vidas e a arriscar tudo - porque, na verdade, não há nada a arriscar senão a infelicidade e a angústia. Mas as pessoas agarram-se até a isso.
Contaram-me uma história:

Num campo de treino, um esquadrão de recrutas está a voltar para a caserna depois de um dia de marcha sob um calor intenso:

- Que vida esta! - diz um dos soldados. - Estamos no meio do nada com um sargento que é um brutamontes, sem mulheres, sem bebidas, sem licenças... e, ainda por cima, as minhas botas são dois tamanhos abaixo do que eu calço.
- Não tens de levar com isso, amigo . disse o soldado ao seu lado. - Porque é que não pedes outro par de botas?
- Nem penses - respondeu ele. - O único prazer que me resta é descalçar estas botas!

Que mais tem você para arriscar?Apenas a sua infelicidade. O único prazer que você tem é falar acerca dela. Repare como as pessoas ficam felizes quando falam da sua infelicidade! (,,,) Até exageram, acrescentam-lhe pormenores, fazem-na parecer maior. Porquê? Porque, embora ainfelicidade seja a única coisa que você tem a arriscar, as pessoas agarram-se àquilo que já conhecem.

(...) Divirta-se! Se você não gostar do seu emprego, mude, Não espere! Porque ao esperar, você só está a desperdiçar a vida. De que é que está à espera?"

(in "Alegria" by Osho)


Ensinamentos com humor

" Certa noite, Rabya, uma famosa mística sufi, estava à procura de uma coisa na rua à frente da sua cabana. O sol estava a pôr-se e, pouco a pouco, fez-se noite. Algumas pessoas juntaram-se à sua volta e perguntaram-lhe:

- O que estás a fazer? O que é que perdeste? O que procuras?

Ela respondeu:

- Perdi a minha agulha.

As pessoas disseram-lhe:

- Agora o sol está a pôr-se e vai ser muito difícil encontrar a tua agulha, mas podemos ajudar-te. Onde é que a perdeste, ao certo? É que a rua é bastante grande e a agulha é pequena. Se soubermos exactamente onde a perdeste, será mais fácil encontrá-la.

Rabiya respondeu:

- É melhor nem perguntares isso, porque na verdade, eu não a perdi aqui na rua, perdi-a dentro de casa.

As pessoas começaram a rir e disseram:

- Nós bem pensámos que tu eras um bocadinho maluca! Então, se perdeste a agulha dentro de casa, porque é que estás a procurar cá fora?

Rabiya disse:

- Por uma razão muito simples e muito lógica: porque em minha casa está escuro e cá fora ainda há alguma luz.

As pessoas riram-se e começaram a afastar-se. Rabiya chamou-as de volta e disse:

- Escutem! É isto mesmo que vocês estão a fazer; eu estava apenas a seguir o vosso exemplo. Vocês estão sempre a procurar o êxtase no mundo exterior sem fazerem a pergunta primordial: onde é que se perderam? Eu respondo: vocês perderam-se no interior. Vocês estão à procura no exterior por uma razão muito simples e lógica: porque os vossos sentidos se abrem ao exterior onde ainda há alguma luz. Os vossos olhos vêem para o exterior, os vossos ouvidos escutam para o exterior, as vossas mãos tocam no exterior; é por isso que vocês buscam no exterior. Mas eu digo-vos que o que vocês buscam não está no exterior – garanto-vos por experiência própria. Eu também andei em busca no exterior durante muitas, muitas vidas e, no dia em que olhei para o interior fiquei surpreendida. Não precisava de procurar mais; aquilo que eu buscava estivera sempre dentro de mim."





(in "Alegria" by Osho)